Desde o dia que recebi este jogo, que deixei de jogar todos os outros.
Nunca fui particularmente um fan da saga GTA, sempre achei que era daqueles jogos porreiros para o pessoal que nada tem para fazer, e que joga um GTA porque é cool, porque é proibido ou porque lhe apetece irritar alguém. São jogos que demoram bastante a acabar e cuja componente sandbox se sobrepõe ao jogo.
Da PS2 apenas joguei o GTA Vice City, porque o facto de se passar em Miami e nos anos 80 lhe deu o charme que procurava num jogo. Desde a banda sonora ao ambiente gostava de tudo naquele jogo... no entanto e por apenas o ter jogado numas férias no ano de 2004 fez com que não o tendo acabado durante as férias, nunca mais o tivesse acabado mais tarde... pois havia sempre algum jogo que lhe passava à frente.
Mas na memória ficou-me a banda sonora o nascer do sol em Miami ao som de Michel Jackson e outros tantos.
Já quando saiu o San Andreas... aquela componente mais rpg no sentido de construção da personagem não me deixou fascinado, e L.A. não é Miami... e não vi nada de novo que justificasse a aquisição do mesmo. Mais tarde compreio barato para a XBox, mas nunca lhe toquei que não fosse para o experimentar. (Se alguém o quiser comprar vendo bem barato ou troco por jogos para outras plataformas)
Mas com o GTA 4, tudo foi diferente. Primeiro os teasers que revelavam um grafismo nunca visto, depois a música dos mesmos... épica como deve ser a música de um trailer, mas ao mesmo tempo memorável.
Depois resisti ao pre-order para ver as reviews... asneira... levava 100 por todo o lado e andou esgotado uma semana em tudo quanto é loja UK. Um dia, num espaço de minuto a Game tinha o jogo e não perdoei. Chegou no dia 13 Maio de 2008 e hoje... passados 39 dias de jogo (ou seja apenas não o joguei num FdS que estive fora) posso dizer que acabei a primeira obra da "Next Generation". (uma nota nota mais uma vez para o preço dos jogos em Portugal este jogo custa novo lá fora 45-50€, cá custa 75€.... A diferença do IVA em Portugal para Inglaterra é de 3.5%... tirem as vossas conclusões e comprem o jogo lá fora)
Lembro-me ainda bem de ver que as letras da caixa do GTA IV tem um relevo que as fotografias não transparecem, e de olhar para o mapa da cidade... com aquele ar... será que o vou decorar?
Mas é ai que a genialidade da Rockstar se manifesta. O mapa não está todo disponível de início, vão-se fazendo missões e aos poucos e poucos vão-se abrindo novas zonas, onde por norma são as restante missões. Isso permite-nos ir decorando o mapa quase sem dar por isso.
Outra coisa fascinante... é que Manhattan não está logo disponível de inicio... só após umas horas de jogo fica disponível. Para quem conhece NY, este é um momento de revisitar a parte mais conhecida da cidade.
As primeiras impressões do jogo são muito positivas, ao usarem o motor de jogo para as cutscenes torna o jogo muito mais como uma peça onde se parece que se esta dentro de um filme. A scene camera também ajuda. Depois vem a já conhecida história da chegada do nosso heroi Nicko Belic à cidade onde desde logo percebe que sonho americano que o seu primo Roman lhe vendia era uma simples ilusão, e que o mesmo vivia numa "pocilga" e que as únicas mulheres que tinha eram os posters rasgados de uma parede.
Depois é um suceder de missões onde vamos desbloqueando a ilha, novas armas, novos amigos tudo bem ao jeito dos anteriores GTA's.
Como sempre o jogo tem uma componente de liberdade (sandbox) elevado, e podemos ter os nossos encontros, ver os nossos shows, fazer umas corridas, dar passeios ou simplesmente passear pela cidade.
Cidade essa que é a grande novidade do jogo. Liberty City é uma cópia parcial de Nova Iorque mas que respira vida. Esse é o facto mais genial deste jogo. Existem pessoas às mais diversas horas nos mais diversos locais com comportamentos que nos confundem por parecerem tão reais. O transito das horas de ponta, abrirem os chapéus quando chove, as conversas dos bares, são tantos os pormenores que se vão descobrindo que se confunde a realidade com o jogo. Aqui nota-se um salto gigantesco no universo GTA, Liberty City é gigante, após acabar o jogo não conheco ainda todas as ruas, mas cada vez que passei de helicoptero ou cada vez que doi uma passeio de barco dou por mim a pensar que devia ir ali porque me parece um bom sitio onde ainda não estive.
Tem-se a sencação que ainda não se foi a todos os restaurante ou se existem mais bares de strip :) E onde andam as nossas profissionais da noite? Haverá algumas em Central Park?
A banda sonora é competente sem chegar ao nível de Vice City, falta uma rádio de musica clássica e mais na onde Jazz... em todo o caso tem Jean Michel Jarre!
O replay das missões também está mais fácil face aos jogos anteriores, recebemos um SMS cada vez que falhamos uma missão permitindo recomecar a mesma sem ter de recomecar tudo de novo. As cutscenes podem ser passadas com o botão A caso já as tenhamos visto.
A história é empolgante, sem ser genial. É o melhor que se pode fazer quando temos de fazer um argumento linear. Ao fim ao cabo, as nossas acções pouco influenciam o decorrer do jogo. O mesmo tem uma rotina linear pois não é um rpg.
As missões tem bastante diversidade, mas claro que existem algumas semelhantes a jogos anteriores... o que acho normal... pois a vida de um "mafioso" não tem assim muitas variantes. Da mesma forma "Sopranos" tem pontos de contacto com o "Padrinho".
A versão X360 sofre de algum efeito de pop-up mas nada de muito importante. O facto do jogo estar a correr em streaming ajuda a que isso acontece. A nível gráfico não tenho nada a apontar que não seja genial.
A chuva, o nascer do sol, o mar, o tamanho da cidade onde parece que os padrões nunca se replicam, a expressão facial, tudo é do melhor que esta geração tem para oferecer. Se esperam um jogo para comprar uma next gen console... é este que devem experimentar.
Para o fim fica o online que experimentei pouco, mas que gostei da experiência. Não é o género de jogo que se jogue muito online, mas tem alguns modos interessantes que merecem que se perca algum tempo com os mesmos.
Em suma... ao fim de 39 dias acabei a obra prima da RockStar e fico à espera do conteudo exclusivo para a X360 a sair no início de 2009. Como jogo já disse tudo, só pode melhorar quando pudermos entrar em todos os prédios, em todos os bares, em todo o lado. Mas isso possívelmente obrigará a cedências no grafismo e na diversidade. Talvez numa próxima geração.
GTA IV 10/10 Obrigatório para todos os jogadores.
Nunca fui particularmente um fan da saga GTA, sempre achei que era daqueles jogos porreiros para o pessoal que nada tem para fazer, e que joga um GTA porque é cool, porque é proibido ou porque lhe apetece irritar alguém. São jogos que demoram bastante a acabar e cuja componente sandbox se sobrepõe ao jogo.
Da PS2 apenas joguei o GTA Vice City, porque o facto de se passar em Miami e nos anos 80 lhe deu o charme que procurava num jogo. Desde a banda sonora ao ambiente gostava de tudo naquele jogo... no entanto e por apenas o ter jogado numas férias no ano de 2004 fez com que não o tendo acabado durante as férias, nunca mais o tivesse acabado mais tarde... pois havia sempre algum jogo que lhe passava à frente.
Mas na memória ficou-me a banda sonora o nascer do sol em Miami ao som de Michel Jackson e outros tantos.
Já quando saiu o San Andreas... aquela componente mais rpg no sentido de construção da personagem não me deixou fascinado, e L.A. não é Miami... e não vi nada de novo que justificasse a aquisição do mesmo. Mais tarde compreio barato para a XBox, mas nunca lhe toquei que não fosse para o experimentar. (Se alguém o quiser comprar vendo bem barato ou troco por jogos para outras plataformas)
Mas com o GTA 4, tudo foi diferente. Primeiro os teasers que revelavam um grafismo nunca visto, depois a música dos mesmos... épica como deve ser a música de um trailer, mas ao mesmo tempo memorável.
Depois resisti ao pre-order para ver as reviews... asneira... levava 100 por todo o lado e andou esgotado uma semana em tudo quanto é loja UK. Um dia, num espaço de minuto a Game tinha o jogo e não perdoei. Chegou no dia 13 Maio de 2008 e hoje... passados 39 dias de jogo (ou seja apenas não o joguei num FdS que estive fora) posso dizer que acabei a primeira obra da "Next Generation". (uma nota nota mais uma vez para o preço dos jogos em Portugal este jogo custa novo lá fora 45-50€, cá custa 75€.... A diferença do IVA em Portugal para Inglaterra é de 3.5%... tirem as vossas conclusões e comprem o jogo lá fora)
Lembro-me ainda bem de ver que as letras da caixa do GTA IV tem um relevo que as fotografias não transparecem, e de olhar para o mapa da cidade... com aquele ar... será que o vou decorar?
Mas é ai que a genialidade da Rockstar se manifesta. O mapa não está todo disponível de início, vão-se fazendo missões e aos poucos e poucos vão-se abrindo novas zonas, onde por norma são as restante missões. Isso permite-nos ir decorando o mapa quase sem dar por isso.
Outra coisa fascinante... é que Manhattan não está logo disponível de inicio... só após umas horas de jogo fica disponível. Para quem conhece NY, este é um momento de revisitar a parte mais conhecida da cidade.
As primeiras impressões do jogo são muito positivas, ao usarem o motor de jogo para as cutscenes torna o jogo muito mais como uma peça onde se parece que se esta dentro de um filme. A scene camera também ajuda. Depois vem a já conhecida história da chegada do nosso heroi Nicko Belic à cidade onde desde logo percebe que sonho americano que o seu primo Roman lhe vendia era uma simples ilusão, e que o mesmo vivia numa "pocilga" e que as únicas mulheres que tinha eram os posters rasgados de uma parede.
Depois é um suceder de missões onde vamos desbloqueando a ilha, novas armas, novos amigos tudo bem ao jeito dos anteriores GTA's.
Como sempre o jogo tem uma componente de liberdade (sandbox) elevado, e podemos ter os nossos encontros, ver os nossos shows, fazer umas corridas, dar passeios ou simplesmente passear pela cidade.
Cidade essa que é a grande novidade do jogo. Liberty City é uma cópia parcial de Nova Iorque mas que respira vida. Esse é o facto mais genial deste jogo. Existem pessoas às mais diversas horas nos mais diversos locais com comportamentos que nos confundem por parecerem tão reais. O transito das horas de ponta, abrirem os chapéus quando chove, as conversas dos bares, são tantos os pormenores que se vão descobrindo que se confunde a realidade com o jogo. Aqui nota-se um salto gigantesco no universo GTA, Liberty City é gigante, após acabar o jogo não conheco ainda todas as ruas, mas cada vez que passei de helicoptero ou cada vez que doi uma passeio de barco dou por mim a pensar que devia ir ali porque me parece um bom sitio onde ainda não estive.
Tem-se a sencação que ainda não se foi a todos os restaurante ou se existem mais bares de strip :) E onde andam as nossas profissionais da noite? Haverá algumas em Central Park?
A banda sonora é competente sem chegar ao nível de Vice City, falta uma rádio de musica clássica e mais na onde Jazz... em todo o caso tem Jean Michel Jarre!
O replay das missões também está mais fácil face aos jogos anteriores, recebemos um SMS cada vez que falhamos uma missão permitindo recomecar a mesma sem ter de recomecar tudo de novo. As cutscenes podem ser passadas com o botão A caso já as tenhamos visto.
A história é empolgante, sem ser genial. É o melhor que se pode fazer quando temos de fazer um argumento linear. Ao fim ao cabo, as nossas acções pouco influenciam o decorrer do jogo. O mesmo tem uma rotina linear pois não é um rpg.
As missões tem bastante diversidade, mas claro que existem algumas semelhantes a jogos anteriores... o que acho normal... pois a vida de um "mafioso" não tem assim muitas variantes. Da mesma forma "Sopranos" tem pontos de contacto com o "Padrinho".
A versão X360 sofre de algum efeito de pop-up mas nada de muito importante. O facto do jogo estar a correr em streaming ajuda a que isso acontece. A nível gráfico não tenho nada a apontar que não seja genial.
A chuva, o nascer do sol, o mar, o tamanho da cidade onde parece que os padrões nunca se replicam, a expressão facial, tudo é do melhor que esta geração tem para oferecer. Se esperam um jogo para comprar uma next gen console... é este que devem experimentar.
Para o fim fica o online que experimentei pouco, mas que gostei da experiência. Não é o género de jogo que se jogue muito online, mas tem alguns modos interessantes que merecem que se perca algum tempo com os mesmos.
Em suma... ao fim de 39 dias acabei a obra prima da RockStar e fico à espera do conteudo exclusivo para a X360 a sair no início de 2009. Como jogo já disse tudo, só pode melhorar quando pudermos entrar em todos os prédios, em todos os bares, em todo o lado. Mas isso possívelmente obrigará a cedências no grafismo e na diversidade. Talvez numa próxima geração.
GTA IV 10/10 Obrigatório para todos os jogadores.
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