quinta-feira, maio 10, 2007

Zx Spectrum

Fez no dia 23 de Abril, 25 ano do lançamento daquele que foi o primeiro computador para milhares de pessoas em todo o mundo.
Tal facto foi-me lembrado por um artigo do Paulo Querido no Expresso, ZX Spectrum: a revolução começou há 25 anos. Recomenda-se a leitura do mesmo :)

Pretendo neste e em futuros posts, recordar a minha experiência com o mesmo, lembrando os meus tempos iniciais de jogador.
A primeira memória do Spectrum é de uma revista de computadores Inglesa que comprei pelos meus 13 anos (o nome já se me apagou) e que devorei vezes sem conta lendo desde a secção de correspondência aos anúncios. Na minha memória ainda estão os loucos computadores da altura...
O BBC-Micro e o Texas TI-99/4A.
Também me lembro do meu entusiasmo pelos computadores, e das longas conversas com o meu pai, que logo deixaram de sobreaviso a minha mãe sentindo que o bichinho tinha nascido em mim.
Em poucos meses decidi a compra do Spectrum após muita conversa e alguma viagens a uma loja em Lisboa. A Europa América na Conde Valbom tinha no seu piso inferior um spectrum ligado e lá passei muitas tardes a observar de longe a máquina.
O Texas também por lá se encontrava ligado a uma impressora térmica...
Foram os tempos da indecisão, da leitura do suplemento informático da Capital à sexta feira. (liderado pelo entusiasta Eurico da Fonseca)
Até que chegados ao Natal, lá fui eu comprar o Spectrum com o meu Pai. (19-11-1983) Ainda me lembro de alguns pormenores deliciosos. Tinha sido uma noite de chuva que deu nas maiores cheias em Lisboa de 1983. No entanto no dia seguinte nada me demovia de ir à loja.
A loja foi escolhida pelo meu pai (possivelmente por se situar perto do seu emprego em Alvalade) e era num centro comercial na Av. Roma já a chegar à Av. Brasil. Foi entrar e trazer o Spectrum.
O preço foi de 24 contos (120€) e a opção foi pelo de 48k (também existia o modelo 16k) Trouxemos também um gravador Sanyo e alguns jogos.
Lembro-me na perfeição da caixa cor de laranja onde o Spectrum vinha embrulhado, do cheiro característico do teclado de membrana e de ler e reler o seu manual de argolas. (claro que só em Inglês, até porque o meu Spectrum por ser dos primeiros não era fabricado pela Timex e era made in uk)
Os dois primeiros jogos que comprei foram Jumping Jack e Manic Miner. Mas logo nesse fim-de-semana me arrependi de não ter trazido um jogo de corridas de automóvel que vi na loja mas não tinha trazido. Chequered Flag. São estes os 3 primeiros jogos que me lembro do Spectrum.
Felizmente que na 2ª feira seguinte Chequered Flag aterrou logo em minha casa :)


Jumping Jack



Chequered Flag


Manic Miner

Existem milhares de links do Synclair Zx Spectrum, e muito mais tenho para contar sobre o mesmo.
Por hoje fica o relato por aqui... Mas ainda abordarei as lojas, as primeiras aventuras (não se chamavam rpg's), o primeiro jogo 3d, a minha primeira carta para um jornal etc.
Por último um link com um top de jogos do spectrum.
http://www.worldofspectrum.org/bestgames.html

3 comentários:

João disse...

O que eu mais admiro nesta geração de jogos é a forma como grupos pequenos de pessoas, às vezes um ou dois, com pouquíssimos meios, conseguiam graças à sua paixão e criatividade, criar obras que ainda hoje fazem iluminar os olhos de muitas pessoas.

O Spectrum também foi o meu primeiro sistema, embora numa altura mais tardia, já tinha 128k de memória e sem ter sido a minha primeira experiência com jogos - já conhecia muito bem os títulos originais da série Shinobi e Double Dragon nos seus formatos arcade, bem como o Prince of Persia no computador da escola primária - continua a ser uma das minhas referências. Aquele compasso de espera para que o jogo carregasse depois do comando LOAD"" é coisa que não se esquece =)

Rui Santos disse...

Também eu sou admirador dos jogos de autor. Coisa que só foi possível com o Spectrum e com o Commodore 64.
Curiosamente e como homenagem a um músico que compôs dezenas de bandas sonoras para jogos, uso muitas vezes o nick Rob Hubbard em foruns e jogos online.
Quando ao Load "", ao Poke, ao Lode "" code, ao run... bons tempos.
O som dos ecrans de loading, aquelas riscinhas amarelas e azuis...
O afinar do gravador com a chave de parafusos era uma quase uma ciência ...

Em breve voltarei ao Spectrum relembrando essas e outras memórias.
Obrigada pelo comentário :)

João disse...

É verdade, também já me tinha ocorrido a expressão "jogos de autor", tal como existem "filmes de autor". Nunca joguei Commodore 64, aliás só soube que ele existia há cerca de 11/12 anos atrás, quando em revistas inglesas lia referências a esse sistema, lembro-me em particular de uma carta de um leitor da CVG sobre bandas sonoras de jogos onde fazia referência às músicas do C64.

Ah, já agora, no blogger tenho esta designação mas no NintendoPT sou o Yggdrasil.